Novo Plano Nacional do Livro debate a democratização da literatura na Feira do Livro
Reunião entre governo e representantes do setor no Rio Grande do Sul discutiu o estímulo à leitura e o fortalecimento do setor.
O segundo dia da Feira do Livro de Porto Alegre iniciou com um encontro importante para o mercado da literatura. A reunião pública sobre a construção do Novo Plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL – 2025-2035 aprofundou questões entre o governo e o setor da cultura e literatura do Rio Grande do Sul e de Porto Alegre.
O documento, produto de uma ação do Governo Federal, consolida diretrizes básicas para assegurar a democratização do acesso ao livro, bem como a valorização e estímulo à leitura e o fortalecimento da cadeia produtiva do livro, como fator intelectual e de desenvolvimento econômico. A consulta pública acontece entre 18 de novembro e 18 de dezembro — e a previsão é que seja assinado no dia 23 de abril de 2025, data em que é celebrado o Dia Mundial do Livro.
A mesa contou com a presença do presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Maximiliano Ledur, do secretário de Formação e Leitura do Ministério da Cultura, Fabiano Piúba, e do diretor de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do MinC, Jéferson Assumção. Também participaram do debate o diretor do Departamento do Livro, Leitura e Literatura do governo do Estado e do Instituto Estadual do Livro, Sílvio Bento, e Márcia Cavalcante,coordenadora do Centro de Integração de Redes – Cirandar. A mediação foi feita pela coordenadora do escritório do MinC no RS, Mariana Martinez. Ledur destacou a relevância de um plano abrangente e bem elaborado, pensando em ações para 10 anos. “Isso nos enche de esperança, de um futuro promissor. Nunca é demais reforçar sobre a importância das bibliotecas e dos livros no nosso país”. Para o secretário Piúba, ainda existe no Brasil uma situação de emergência em torno das questões de livros e leituras, por isso as políticas públicas são tão relevantes e inadiáveis. “A cultura e a literatura melhoram inclusive os índices da educação básica no Brasil”, reforçou.
Assumção destacou os princípios norteadores do Plano, como estímulo às famílias leitoras e a garantia de acesso ao livro — com preços acessíveis. “O PNLL é muito mais do que um plano de governo. Tem uma dimensão técnica, mas tem uma dimensão articuladora, de gerar no país um debate sobre a importância da literatura”
Diretor do Instituto Estadual do Livro, Silvio Bento falou sobre o papel do Estado no estímulo à leitura. “Olhando para a realidade do nosso país e para os preços dos livros, se não conseguirmos ter famílias leitoras, precisamos exercitar para que tenhamos no mínimo jovens e estudantes leitores”.
Para a conselheira municipal de cultura e coordenadora do Cirandar, Márcia Cavalcante, o Plano precisa ser prioritariamente colocado em prática. “É preciso ver os reflexos na ponta, na democratização do acesso.As pessoas não lêem no Brasil não porque não querem, mas porque não têm acesso.”
Sobre a Feira
A Feira do Livro de Porto Alegre é realizada pela Câmara Rio-Grandense e conta com o patrocínio Master do Banrisul, banco oficial da Feira do Livro e da Petrobras – patrocinadora do Teatro Petrobras Carlos Urbim. Patrocínio: Gerdau, Grupo Zaffari, CEEE Grupo Equatorial, Caixa e Sulgás. Apoio Especial da Prefeitura de Porto Alegre, SZ Working e Senado Federal. Parceiro de tecnologia: RL Net e Procempa. Financiamento: Secretaria de Estado da Cultura / Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Media Partners: Eletromidia. Apoio Cultural: Edições Câmara, Assembleia Legislativa do RS, Banco dos Livros, Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais, ESPM, Instituto Camões, Consulado da Argentina, Instituto Cervantes, Instituto Goethe, Embaixada da Suécia, Prefeitura de Guaíba, Panvel, Versa Partner, Kodex, Câmara dos Vereadores de Porto Alegre, Master Hotéis, Cisne Branco e Espaço Força e Luz. Apoio institucional: Feevale, Bibliex, Uniritter, BRDE e Aliança Francesa. Estado convidado: Estado da Paraíba. Espaço cedido: Clube do Comércio, Espaço Cultural dos Correios e Memorial do RS.